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Encontrou um pinguim ou baleia na praia? Saiba o que fazer (e o que nunca fazer)

O inverno na Bahia traz visitantes especiais ao nosso litoral. Enquanto as baleias-jubarte protagonizam um espetáculo natural entre julho e outubro — quando cerca de 30 mil indivíduos migram para as águas quentes do Nordeste para se reproduzir —, outra presença chama a atenção: os pinguins-de-Magalhães, vindos da Patagônia, que chegam em busca de alimento, mas podem ser desviados por mudanças climáticas e correntes marítimas mais fortes.

A oceanógrafa Alice Reis, da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), lembra que as jubarte já estiveram à beira da extinção. “Em 1985, restavam apenas mil indivíduos. Hoje, esse número cresce a cada temporada. A proteção legal e o turismo responsável foram decisivos para essa recuperação”, afirma. A especialista reforça que a observação das baleias é permitida, mas exige cuidados: manter distância mínima de 100 metros, evitar áreas de parto, reduzir a velocidade das embarcações e nunca nadar com os animais.

No caso dos pinguins e outras aves marinhas, a atenção deve ser redobrada. Só em 2025, o Instituto Mamíferos Aquáticos (Ima) já registrou 27 encalhes no estado. Muitos chegam debilitados e com hipotermia, o que exige tratamento especializado. Jamais devolva o animal ao mar ou o coloque sobre gelo. A orientação é manter distância, afastar animais domésticos e acionar imediatamente órgãos ambientais, como o Inema, o próprio Ima ou a Polícia Ambiental.

O Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em parceria com o Ima, é responsável por resgatar, identificar, reabilitar e destinar corretamente os animais. Com o Brasil em estado de alerta para Influenza Aviária, evitar contato direto é essencial para a segurança de todos.

📞 Em caso de encontrar um animal silvestre ferido ou fora de seu habitat natural, entre em contato com o Disque Resgate do CETAS pelo WhatsApp (71) 99661-3998.

Foto: Reprodução / Instituto Mamíferos Aquáticos