Golpe com voz clonada por inteligência artificial preocupa autoridades; veja como se proteger

Uma nova modalidade de golpe usando inteligência artificial tem gerado alerta entre as autoridades de segurança pública. Criminosos estariam utilizando trechos da fala das vítimas para clonar suas vozes e aplicar fraudes contra familiares e amigos, simulando pedidos de ajuda ou transferências de dinheiro. A reportagem é do Jornal A Tarde.
De acordo com investigações da Polícia Civil de São Paulo, os golpistas ligam para possíveis vítimas e utilizam chamadas “mudas” — quando o telefone toca, mas ninguém fala — apenas para capturar alguns segundos da voz de quem atende. Com esse pequeno trecho, softwares de IA seriam capazes de reproduzir a fala com alto grau de fidelidade, criando áudios falsos que enganam com facilidade pessoas próximas.
Casos semelhantes já foram identificados em São Paulo e no Rio de Janeiro, e as autoridades temem que o golpe se espalhe rapidamente por outras regiões do país.
Situação em Salvador
Na capital baiana, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) ainda não registrou ocorrências desse tipo. Segundo o delegado Bruno Oliveira, titular da unidade, o único caso recente envolvendo inteligência artificial diz respeito a uma fraude com uso de imagem — conhecida como deepfake.
“Até o momento, não há registros de clonagem de voz com IA em Salvador. Mas estamos atentos e orientando a população, porque é um tipo de crime que pode surgir a qualquer momento”, afirmou o delegado.
Como se proteger
Bruno Oliveira reforça que a prevenção é a principal ferramenta contra esse tipo de golpe. Entre as recomendações estão evitar atender números desconhecidos, não compartilhar áudios ou vídeos em grupos públicos e sempre confirmar pedidos de transferência ou ajuda financeira por mais de um canal — especialmente quando vierem de familiares ou amigos.
O delegado também alerta que, ao menor sinal de suspeita, é importante registrar ocorrência para que a Polícia Civil possa investigar e identificar os responsáveis.
Foto / Créditos: Reprodução / Jornal A Tarde