URGENTE: Lagoas do Flamengo estão morrendo lentamente, alerta especialista

As lagoas do Flamengo estão sofrendo um processo silencioso e preocupante de degradação ambiental. Conhecidas por sua beleza natural e importância ecológica para a região de Stella Maris, as lagoas agora enfrentam um problema crescente: o aumento de carga orgânica que vem alterando profundamente o equilíbrio do ecossistema local.
De acordo com moradores, a proliferação exacerbada de plantas aquáticas na superfície das lagoas é um dos sinais mais visíveis da degradação. Pablo Avelar, biólogo e residente da região, acompanha de perto a situação e afirma que o problema tem origem clara. “As lagoas estão recebendo carga orgânica de alguma fonte, provavelmente esgoto sendo lançado de forma irregular. Isso enriquece a água com nutrientes como o nitrogênio e fósforo, o que acelera a proliferação das plantas aquáticas”, explica.
O excesso de vegetação, segundo o biólogo, traz sérias consequências. “Quando estão em excesso, essas plantas formam uma camada espessa na superfície e impedem a entrada de luz. As plantas submersas, que fazem fotossíntese e liberam oxigênio, morrem. A decomposição dessas plantas consome ainda mais oxigênio, o que pode transformar a lagoa em um ambiente sem oxigênio”, alerta Pablo.
As imagens registradas pela INFOSTELLA nas últimas semanas mostram o avanço das plantas sobre grandes áreas das lagoas, tornando cada vez mais difícil a renovação natural da água e ameaçando diretamente a fauna aquática. “Os peixes começam a morrer por falta de oxigênio. Isso afeta todo o ciclo de vida dentro das lagoas”, afirma o biólogo, que pontua ainda que a ação das plantas aquáticas também contribui para o assoreamento das lagoas.
Como solução, ele propõe ações concretas e urgentes. “Existem máquinas que já foram usadas em Pituaçu e Ipitanga para retirar esse tipo de vegetação de lagoas. Precisamos de um trabalho conjunto entre prefeitura, órgãos ambientais e a comunidade para recuperar a profundidade das lagoas e impedir novos lançamentos de esgoto”, conclui.
Morador da região, Luís Brandão também procurou a INFOSTELLA para denunciar a situação das lagoas. Segundo ele, já foram realizados pedidos de intervenção a autoridades, mas o caso segue sem solução.
Enquanto isso, as lagoas seguem sendo sufocadas lentamente, sob o olhar atento – e cada vez mais preocupado – de quem vive próximo a este patrimônio natural. O apelo é claro: é preciso agir agora para que as lagoas do Flamengo não se tornem apenas uma lembrança.